Festa da Exaltação da Santa Cruz (14/09/2011)

“Salve ó cruz bendita, sinal do amor maior. Foste e és para muitos motivo de escândalo. Para nós és memória da nossa redenção.  Em ti fomos redimidos de todos os pecados, de todas as escravidões. Contemplando-te, assumimos a missão de também entregar a vida, como fez Jesus, para que todos tenham vida. Contemplando-te, assumimos o compromisso de solidariedade com todos os crucificados pelo abandono e pelo desemprego. Chegaste a este solo, terra de Santa Cruz, trazendo amor e esperança. Cruzaste quinhentos anos de história em ombros negros e indígenas, de crianças e jovens, de homens e de mulheres. Hoje és, para nós, memória e compromisso. Em ti vemos o sofrimento de Cristo e de todos os pobres” (CNBB).

Setembro - mês da Bíblia

          Setembro, no Brasil, é o mês da Palavra de Deus, que nos orienta, instrui, corrige, questiona e chama para uma vida em sintonia com Deus e os irmãos de caminhada. Para o ano de 2011 nos é proposto o Livro do Êxodo Capitulo 15 a 18. Êxodo significa: saída, libertação. Coloquemos a Bíblia em destaque, em nossos espaços reais e virtuais. (http://www.apostolas-pr.org.br)

As cinco vias da Palavra

Setembro é o mês da Bíblia. Sofremos um analfabetismo bíblico e precisamos criar o “século da Bíblia” e tê-la todos os dias em nossas mãos. Eis as cinco vias da Palavra.

1 - O ouvido -  Como poderemos crer sem ouvir a pregação da fé? “Ouve oh Israel”. Este é o mandamento divino. Dá-nos Senhor, ouvido de discípulo, pede o profeta Isaías. A fé entra pelo ouvido. Não podemos ser surdos ao Deus que se revela a nós como a amigos. Quem ouve minha Palavra e a põe em prática, este é o maior no reino dos céus, ensinou Jesus. Hoje se ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis o vosso coração, diz o livro de Samuel. A Palavra supõe a audição, o ouvido, do contrário, ela cai no chão.

2 - A cabeça - A Palavra exige o estudo, a teologia, o magistério e o catecismo. A fé não pode contrariar a reta razão, mas, ela vai além da razão. É preciso dar a razão de nossa fé porque a verdade e a fé são duas asas que movem o ser humano até Deus. Fé e razão se completam. O ato de fé é um ato de decisão, de opção, de adesão a Deus, a Jesus Cristo e à revelação divina. A cabeça é uma via da fé para evitar todo infantilismo, magia, engano, exploração, fanatismo e heresia no âmbito da religião. A Palavra guia nossos pensamentos e oferecem critérios, valores e luzes para a razão.

3 - O coração - A Palavra ouvida desce ao coração, ou seja, é interiorizada, assimilada, vivida, experimentada. É no intimo do coração que a Palavra se faz carne em nós. Ela se torna alimento. “Toma o livro e come-o” diz a Escritura.  Há uma grande fome e sede da Palavra porque ela alimenta a fé no coração dos cristãos. A fé é resposta à Palavra e compromisso assumido no centro, no interior dos corações.

4 - As mãos - A fé sem obras é morta. A Palavra alimenta a fé. É no testemunho, na ação, mas principalmente nos gestos de amor a Deus e ao próximo, que se manifesta nossa fé. Nossas mãos se abrem à generosidade, à solidariedade, à prática do amor pessoal e social, graças à fé. Uma fé autêntica é compromisso com a vida, a transformação, a promoção humana. Daí se entende os famosos binômios: fé e vida, oração e ação, mística e política, contemplação e transformação. A Palavra abre nossas mãos para a construção do reino, para as boas obras e o amor transformador.

5 - Os pés - A Palavra é o combustível, o motor, a energia da missão. Quem tem fé não é acomodado, mas, missionário, caminhante, evangelizador. Fé com pé na estrada, pé a caminho, pé nas ruas, nas portas das casas, nas periferias e nas mansões. A fé leva ao lava-pés e a andar a pé para facilitar o encontro. De pessoa a pessoa, de casa em casa, de grupo em grupo, de nação a nação, a fé nos coloca em movimento, em ousadia missionária. Os caminhos da fé levam ao encontro com o diferente, o afastado, até as além fronteiras. A fé nos dá pés velozes que correm até os confins da terra, que nos levam ao povo. Com os pés iluminados pela Palavra caminhamos pressurosos para a casa do Pai. Pés evangelizadores que mesmo feridos e machucados nos deixam sempre de pé especialmente ao pé da cruz.  

Dom Orlando Brandes

Arcebispo de Londrina

Publicado na Folha de Londrina, 11 de setembro de 2010

Catequista, um agente transformador

           Aquele que é chamado a “ensinar o Cristo” deve, portanto, procurar primeiro “este ganho supereminente que é o conhecimento de Cristo”; é preciso “aceitar perder tudo... a fim de ganhar a Cristo e ser achado nele”, e “conhecer o poder de sua Ressurreição e a participação em seus sofrimentos, conformando-se com ele em sua Morte, para ver se alcanço a ressurreição de entre os mortos” (Fl 3,8-11).

          Como Jeremias, deixemos- nos seduzir pelo Senhor, por mais que zombem das nossas ações em favor do Reino. Para o seguimento a Cristo resta-nos a renuncia de tudo aquilo que nos impede de segui-lo, até mesmo o nosso comodismo. Não nos conformemos com o mundo, mas transformemos para que possamos cantar a todos: “Sois vós, ó Senhor o meu Deus, desde a aurora, ansioso vos busco. A minha alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus” (Sl 62,1).

Diáconos Permanentes da Arquidiocese de Curitiba

           

No dia 10 de agosto reuniram-se na Paróquia Nossa Senhora da Piedade em Campo Largo os Diáconos Permanente da Arquidiocese de Curitiba-Pr. Para marcar esta data importante do padroeiro dos Diáconos  (São Lourenço, diácono e mártir) iniciou-se  com a Celebração da Santa Missa  às 20h00min presidida pelo Reverendíssimo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba e Diretor Eclesiástico dos Diáconos  Dom João Carlos Senemi e vários sacerdotes dentre eles, Pe. João Batista Chemin diretor da Escola Diaconal São Filipe, em seguida foram todos recepcionados no Salão de Festas para o jantar de confraternização.

Deus nos chama

“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”!  (Mt.  19,21).

Neste mês estamos refletindo sobre as vocações, e quando falamos em vocação vale lembrar que não só os padres, diáconos, religiosos (as) são vocacionado, mas todos os fiéis são convidados a ser um vocacionado (a). A Palavra de Deus nos orienta: O povo cristão, por força do batismo, oferece sua vida a Deus e aos irmãos no serviço de cada dia (Rm 12,1; 1Jo 3,16). E também pelo batismo recebemos a missão profética, pelo exemplo de vida e pelo testemunho da palavra, nós cristãos batizados manifestamos o novo homem, o renascido para Cristo. Portanto, temos como missão se esforçar para que todos os homens aceitem e amem a Cristo Senhor, pois vivendo nosso compromisso, somos como o fermento que vai transformando o mundo, segundo o plano de Deus.

 

Maria modelo de vocacionada

AGOSTO – MÊS VOCACIONAL

A palavra “vocação” refere-se sempre ao ato de chamar, de escolha e de disposição para algo ou para alguma missão. Pelo Batismo, somos chamados a uma vida cristã como filhos e filhas de Deus.

Maria modelo de vocacionada

         Por que dizemos que Maria é modelo de vocacionada? Maria ao dar seu “sim” para Deus, ela assume a sua vocação. Ou seja, ela assume a missão de ser a mãe de Jesus. Deus chama e Ela responde não uma resposta superficial, sem comprometimento. Ao dar seu “sim” para o Pai, ela corresponde ao seu chamado com a disposição de ser a “serva do Senhor” e pelo serviço ao Senhor Maria se coloca a serviço do próximo. Isso é claro na Visitação: “ Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa (Lc 1,39-40; 56). Pela sua atitude e presteza a prima Isabel  Maria é toda de Deus, mas também toda para o próximo. Certamente o carinho e a disponibilidade de Maria não eram somente  para os parentes. Mas para com todos da comunidade, Ela carregava no ventre Aquele que veio para todos de Israel “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo. 10,10).